sábado, 21 de maio de 2011

O maior amor de todos - Um final alternativo para a novela TiTiTi by Smallzinha Capítulo 9

Fim da 8ª Parte:


            Luíza, então, voltou a apontar a arma exatamente na direção da cabeça da Marcela que, antevendo a morte diante de si, quase por instinto, tentou sair da mira, correndo em direção contrária, mas, antes de pudesse ir longe, seu corpo foi paralisado ao ouvir o estampido do tiro certeiro...



9ª Parte

      

             Ao ouvir o tiro, Marcela compreendeu que chegara o seu fim. Tomada por um estupor incontrolável, tudo o que ela conseguiu foi passar a mão pelo seu corpo, para descobrir onde fora atingida.

            Foi quando ela viu um rosto familiar, que lhe dizia algo, mas que ela não conseguia entender, tamanho era o seu nervosismo.


 - Marcela, você tá bem? Vamos, fale comigo!  - dizia o delegado Valsoni que, segurando a jovem pelos ombros, a sacudia levemente, tentando despertá-la daquilo que parecia quase um transe provocado pelo terror.


            A sua respiração ofegante, foi, então, se acalmando e, enfim, ela se deu conta do que acontecera: alguns metros à sua frente, caída no chão, ela viu Luíza com um dos ombros coberto de sangue, tendo sobre si um policial que a algemava.
           

 - O que houve, doutor? Perguntou Marcela ao delegado, ainda trêmula e nervosa.
 

- O que houve é que, graças às suas informações precisas, conseguimos rastrear, rapidamente onde o seu carro estava e chegamos a tempo de impedir que uma desgraça acontecesse. Foi por um triz. Quase um milagre, mas deu certo! Eu mesmo atingi a criminosa!
 

 - E como ela está, doutor?
 

 - Olha, eu não sou médico, mas acho que ela está relativamente bem. O tiro foi no ombro. Então, a bandida vai passar uns dias no hospital e, depois, vai direto para o xilindró!! - falou o delegado, esfregando as mãos uma na outra,  com os olhos brilhando de satisfação.
 

 - Ah, doutor, eu nem sei como lhe agradecer! O senhor salvou a minha vida! - disse Marcela emocionada


 - Ora, eu só fiz o meu dever. Agora, querida, preciso de você. Quero que me acompanhe à delegacia para dar o seu depoimento como vítima.
 

- Mas doutor, eu não posso fazer isso outra hora? É que eu estava a caminho de resolver uma questão muito, mas muito importante mesmo para mim, entende? - falou a jovem com uma expressão comovente.


 - Mais importante do que ajudar a Justiça, minha jovem? perguntou o jovem delegado em tom professoral.


 - Mais importante que a minha própria vida, doutor! - respondeu Marcela com os olhos marejados - Se bem que, a esta altura, talvez já nem chegue a tempo. Ele já deve ter partido...
 

            Entendendo a natureza da "questão" tão importante que a moça tinha para resolver e sendo ele um romântico incorrigível, o jovem delegado quis saber como poderia ajudar:
 

 - E aonde você estava indo para resolver essa "questão", menina?
 

 - Ao Aeroporto de Guarulhos, doutor. Se bem que, para chegar lá a tempo, talvez só passando por cima deste trânsito louco! - lamentou Marcela.
 

            Antes que a moça terminasse a frase, o delegado bradou, autoritário:
 

 - Investigador Rob, investigador Rob, cadê você?
 

            De dentro, então, de uma viatura toda enfeitada com fotos de Sophie Charllote, um rapaz simpático e prestativo saiu desesperado em direção ao Delegado:
 

 - Sim, chefia, estou às ordens! - respondeu o rapaz prontamente.
 

- Pegue a viatura e abra caminho para essa moça em direção ao Aeroporto de Guarulhos. Faça o que for possível para que ela chegue lá o mais rápido possível, entendeu? 
 

- Sim, chefia! Imediatamente chefia! Mas, o senhor se importa de me explicar a natureza da diligência? perguntou muito interessado.

 
            O Delegado, então, baixando o tom de voz, respondeu-lhe em tom de confidência:


 - Coisas do coração, Rob! Coisas do Coração...Agora, ande, mexa-se e faça a sua boa ação do dia, investigador!


- É para já! - falou, animadamente,  o rapaz que, em segundos, já estava dentro de sua viatura, fazendo soar uma sirene irritante e cantando os pneus em direção ao Aeroporto, abrindo todos os caminhos para o carro que Marcela dirigia logo atrás.
 

            O coração da jovem, a esta altura, já não só batia, mas saltava de emoção, ora lembrando como acabara de escapar da morte, ora temeroso de não mais encontrar Edgar.
 

            Em questão de minutos, graças à intervenção da sua inusitada, mas eficiente escolta, ela chegou ao seu destino e só lá percebeu que não sabia nada a respeito do voo do seu amado. Correu, então, ao guichê de informação, onde foi recebida por uma atendente muito solícita que, após consultar o sistema de que dispunha, informou-lhe:
 

- Você está com sorte, moça. Hoje só havia um voo para Frankfurt, então foi possível localizá-lo. Trata-se do voo 1930 da Companhia C3AirLines.
 

            Marcela, então, correu ao balcão da referida empresa para, logo, em seguida, ficar mortificada com a notícia que  recebeu:
 

- Senhora, este voo partiu há mais ou menos meia hora – falou a funcionária da companhia aérea.
 

- A senhora tem certeza? Não pode haver algum engano? Por acaso não olhou o voo errado? – perguntou Marcela aos borbotões, deixando a atendente atordoada.
 

- Não há equívoco algum, senhora. Eu estou com o sistema do Aeroporto aberto na minha frente: o voo 1930 para Frankfurt partiu há meia hora, sem atraso.
 

- Tudo bem... Obrigada. Desculpe minha impertinência.


- Sem problemas. Estamos aqui para servir. A propósito, a senhora quer uma água? Está tão pálida. Está passando mal? Quer ajuda?
 

- Não, não obrigada...A esta altura, ninguém pode me ajudar...


            Dizendo isto, Marcela saiu andando, cabisbaixa e abatida. Depois de andar alguns metros, sem saber o que fazer ou para onde ir, recostou-se em um parede do aeroporto,  tendo, como única certeza, a de que chegara tarde demais.
 

            Já meio sem ar de tanta tristeza, começou a rememorar todas as oportunidades em que Edgar lhe pediu para reatar e ela hesitara por razões que, agora, sequer conseguia recordar; lembrou quantas chances teve de ser feliz com ele e que foram jogadas fora por nada e, agora, tudo o que ela queria era que o tempo voltasse por meia hora, apenas meia hora e tudo, então, seria diferente...
 

            Só que o tempo não volta, assim como não voltariam as oportunidades que ela desperdiçara e, enquanto a jovem se debatia neste tormento interior, seu celular tocou. Era D. Bruna. Angustiada, sem sequer dizer alô, Marcela foi logo derramando, ao telefone, todo o seu desespero:
 

- D. Bruna, é tarde demais! O Edgar se foi! O meu amor se foi ...– disse já aos prantos e sem conseguir falar mais nada.



(continua)



Nota da Autora: Certamente, um dos pontos mais absurdos do final da novela foi a Luíza sair por cima sem nenhuma punição, pendência que tentei resolver nesta parte. Também aproveitei para fazer homenagem a uma figura muito especial para nós que fomos do Caetenews, o bendito fruto Rob. Por fim, algumas referências sutis: o horário da novela como número do voo (19:30)  e as iniciais do Caio como nome da companhia aérea (C3 – CaioCastroCastanheira)


9 comentários:

  1. ADOREI!!!!! Perfeito Smallzinha.

    Rob,
    a Marcela tinha que sofrer um pouquinho, é uma questão de coerência, quando a gente desdenha muito o amor, depois se arrepende.

    Mas a Marcela é a escolhida do Deus Grego, não podemos odiá-la. Mas que deve rolar uma inveja, ah deve! kkkkkkkkkkkk

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  2. aiiiiiiiiii assim eu morrrrrrro de curiosidade.... imaginoooooo td e ao mesmo tempo quero continuar lendo, lendo... kkkkkk tah muito bom!!!! Parabéns meninas!!!

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  3. Ah Margarida, vc foi fundo hein???? Se o Rob é assim a cara do Keannu meu sais!!! A Stephaniades tah perdendo tempo... kkkkkk o homem bão demais da conta!!! kkkkkk

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  4. Margot e Elo,
    Obrigada pelo carinho!
    Só o fato de vcs estarem gostando já fez valer a pena o trabalho que a fic deu.
    Beijo!

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  5. Rob, meu anjo,
    Não deixa de ser curioso vc ter reclamado da fic justamente na parte que antecede aquela em que homenageei vc. Ironias acontecem!
    Não, eu não odeio a Marcela. Do contrário, não a deixaria ficar com o personagem mais adorável da estória, o Edgar. Só acho que houve um descompasso dramático na novela, já que o rapaz sofreu meses e meses por ela, sendo que, ao final, ela simplesmente decidiu-se por ele sem nenhuma emoção e sem admitir um erro sequer dos vários que cometeu. Não sendo, então, possível igualar a escala de sofrimento de Edgar e de Marcela - já que a dor daquele foi infinitamente maior - tentei, pelo menos, fazer a moça ter alguma dificuldade em reencontrar o amor que ela desdenhou, até como forma de reconhecer as bobagens que fez.
    Os qualificativos depreciativos usados na parte anterior não refletem minha opinião sobre a Marcela. Tratam-se de expressões de uma pessoa em pleno surto psicótico (Luísa), corroída de raiva, ciúme e inveja e disposta a matar a mocinha. Ofensas menos fortes não dariam a carga dramática que a situação precisava. Agora é melhor não confundir as opiniões dos personagens com as da autora. A ser assim, na última parte, vc julgará que tenho uma paixão lésbica pela Marcela, tais as palavras de amor que colocarei na boca do Edgar em relação a ela.
    Por fim, quanto ao meu texto ser de mau gosto, ai, sim, vc deve ter uma boa dose de razão! :)
    Beijo, querido!

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  6. Parabéns Smallzinha,tá ficando maravilhoso,e sim não se deve confundir as opiniões dos personagens com as do autor,isso pq eu tbm comecei a escrever uma fic,e se começarem a achar assim, ficaria chato.
    Bem,pra mim você nem está sendo tão má com a Marcela,não que eu achasse q ela deveria sofrer mais q isso,mas pq o pessoal geralmente esculachava ela no caete,mas sempre achei q no caso dela,os erros se justificavam pela situação na qual se encontrava,mas o final da MAA não esclareceu nada disso,e pra mim o seu fim está apenas coerente e explicativo.
    Parabéns,bjs!

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  7. Small, desculpe pela precipitação e pelo forma rude.

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  8. SMALL, VC É UMA PESSOA PRÁ DE TALENTOSA E COM MUITO BOM SENSO!!! MENINAS, SEI QUE A MAA DEIXOU MUITOS NÓS, ELA COMEÇOU MUITO BEM O REMAKE E DEPOIS SE PERDEU ENTRE AS FIGURAS GEOMÉTRICAS, ERAM TANTOS TRIÂNGULOS, E O PIOR É QUE ELA DEIXOU EM NÓS UM DESEJO DE VER O POTENCIAL QUE ELA TEM, NÓS SABEMOS DISSO. TEM CENAS DO NOSSO CASAL QUE LEVARAM UMA EDIIÇAO BRABA, EXEMPLO O PEDIDO DE CASAMENTO E A PRIMEIRA NOITE DO NOSSO CASAL. ENTÃO É COMPREENSÍVEL A PRECIPITAÇÃO DO ROB, E CLARO A EMOÇÃO DAS PERSONAGENS NÃO É A DA AUTORA COM CERTEZA. ENFIM VAMOS CONTINUAR A NOS DELICIAR E MATAR AS SAUDADES DO NOSSO CASAL!!!!!!!!!!! BJS

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  9. Estou adorando esse final. Uma pena já estar acabando.

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