sexta-feira, 13 de maio de 2011

O maior amor de todos - Um final alternativo para a novela TiTiTi by Smallzinha Capítulo 4

Fim da 3ª parte:

            Mais tarde, por volta das 23h, quando todos já tinham ido embora, uma pessoa aproximou-se furtivamente do apartamento em que estava Marcela e, antes que tivesse conseguido abrir a porta, foi interpelada firmemente:

 - O que você está fazendo aqui ??

4ª Parte
             

             Pensando no bem da Marcela, Edgar havia decidido acatar a decisão do médico de não visitá-la, mas a ansiedade lhe estava devorando por dentro e ficar tantos dias sem ver sua amada iria matá-lo. Então, ele resolveu dar um jeito nesta situação.
Sra.Elo

            Para isso, usando todo o seu charme, Edgar convenceu, primeiro a recepcionista do hospital, Sra. Elo, e depois a enfermeira do andar em que estava o quarto da Marcela, Sra. Margarida, a ter acesso à sua amada, ao argumento de que apenas olhá-la, sem ser visto, não lhe faria mal algum, ao mesmo tempo em que isso evitaria a morte prematura de um apaixonado cheio de saudade.

            O argumento passional do rapaz, aliado à sua beleza masculina ímpar, encantaram as jovens senhoras que, todos os dias, não só lhe deixavam entrar no hospital depois da hora da visita, como ainda lhe davam cobertura, isto sob a promessa de ele não ingressar no apartamento da paciente, mas de permanecer na porta olhando-a de longe e apenas por alguns minutos.

            Assim é que, ao longo de todas aquelas noites, ele só conseguia voltar para casa para dormir um pouco depois de olhar sua amada furtiva e discretamente.

            Naquele dia, entretanto, parece que seu artifício de homem apaixonado fora descoberto por alguém. Ao voltar-se, então, para ver quem lhe interpelava, deparou-se com a última pessoa que poderia fazê-lo.

 - Renato? Você também por aqui?  - perguntou Edgar aborrecido - E que história é essa de perguntar o que faço aqui? Acho que eu poderia lhe perguntar o mesmo, não?

            Os dois, então, se encararam por alguns segundos e, percebendo o ridículo da situação, não falaram nada até Edgar resolver quebrar o incômodo silêncio entre eles:

 - Bom, cara, pelo visto, estamos aqui pela mesma razão. Então, façamos logo o que viemos aqui para fazer antes que sejamos descobertos.

            Assim é que, abrindo com muito cuidado a porta do quarto em que estava Marcela, Edgar e Renato se espremeram no pequeno espaço que se abriu e ergueram os olhos para olhar o perfil da amada de ambos que, totalmente alheia às estripulias apaixonadas dos dois, dormia tranquila.

            Os rapazes ficaram lá por alguns minutos embevecidos com a beleza da moça, até serem retirados do torpor da paixão por uma voz firme e irritada vinda de fora.



 - Você ainda está aqui, meu rapaz? - Disse a enfermeira Margarida ao Edgar, tocando-lhe o ombro com impaciência, sem saber ao certo se se aborrecia pelo fato de ele ainda estar por lá ou se ficava alegre ao reencontrar aquela bela espécime masculina.

 - E quem é este vara pau insosso aí do seu lado ??? - continuou a enfermeira com uma língua mordaz - Agora, você traz acompanhante, é? Ai, ai, ai !! Não foi isso que nós combinamos !!!
Sra.Margarida

 - Calma, minha querida !! - falou Edgar, usando aquele tom charmoso que desmontava qualquer mulher - Eu sei que me estendi um pouco, mas já estou indo, eu e o meu.... o meu....amigo aqui - disse o rapaz sem saber como qualificar a sua incômoda companhia.
           
            Dito isto, os dois saíram do lugar apressadamente, rumo à saída do hospital. Sem saber o que dizer um ao outro, ficaram em silêncio por um tempo, até o Renato resolver falar:

- Como você conseguiu entrar no hospital a esta hora?

- Bom, sabe como é. Conversa daqui. Conversa dali. E aí a gente consegue o que quer - falou Edgar, sem dar maiores detalhes.
    
 - Entendi. Você, pelo visto, continua o mesmo: na conversa, consegue o que quer das mulheres, não?

            Fingindo não ter entendido a crítica velada do Renato, Edgar também interpelou-o:

- E você, Renato, como conseguiu entrar?

- Grana. Dei uma grana para o segurança da entrada do hospital e ele arranjou um jeito de me colocar aqui dentro.

- Entendi. Pelo visto, você também continua o mesmo: sempre tentando conseguir o que quer com dinheiro - respondeu Edgar à altura da ironia de Renato.

            Desta vez, foi Renato quem ignorou a crítica, tanto que, em seguida, mudou o rumo da conversa:

 - Edgar, você deve estar com saudade do Paulinho, não?

 - Sim - respondeu Edgar sem entender aonde o outro queria chegar.

 - Bom, amanhã se você quiser, pode ir visitá-lo na minha casa.

            Surpreso com a atitude do Renato, Edgar assentiu com um menear de cabeça e agradeceu-lhe com um longo olhar. Sem mais, cada qual rumou para o seu lado.

            No dia seguinte, no meio da manhã, Edgar já estava à porta do rival para matar a saudade do seu filho de coração.


(continua)

Nota da Autora: Uma das melhores coisas que Tititi proporcionou foi o encontro de gente boa e inteligente no site Caetenews para discutir tudo, inclusive a novela. Nesta parte, então, quis homenagear a querida Margarida  por ter reunido os órfãos do Caeté no Blog Entre Novelos e Novelas, bem como homenagear sua fiel escudeira, a simpática Elo. Aproveitei também para arranjar uma explicação para o indisciplinado Edgar aguentar ficar dias longe de sua amada doente.

3 comentários:

  1. Ixi nem me lembro o que escrevi aqui... bom vamos lá de novo: Fiquei muito emocionada com a homenagem, obrigada Smallzinha!! Ei Margarida fiquei sabendo que vc me acha uma fofura, kkkkk
    enfim o comentário era mais extenso mais hj estou menos inspirada!!! beijos a todas!!! ah e ao Rob kkkkkk

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  2. Elo, acho mesmo vc uma fofura e muito lindinha; por essa razão, brinquei um pouquinho com as fotos e tb pelo fato deste texto ser um pouco mais leve que os outros.
    Bjos

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  3. Meninas,
    A homenagem foi mais do que justa! Vcs merecem!Quanto à foto da Elo, achei uma graça. Morri de rir.
    Vc é uma piada, Guida!
    Bom, foi-se, então, a parte mais tranquila da fic. De agora em diante, vem a pauleira, até respirarmos tranquilamente na última parte ou, ao contrário, ficarmos ofegantes...rs.
    Beijos!

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