Final Alternativo de Ari e Suzana por Luna - Capítulo 1

                                           

                                                 A Dependência do Amor

 Ari encontrava-se em casa. Chico havia acabado de sair e ele estava pensando na reviravolta que sua vida deu depois de tanto tititi. Principalmente, estava pensando em sua “reconciliação” com André depois de todos aqueles anos por causa de sua mãe do coração, Cecília.

 Ele teve que admitir, a paz que agora reinava era realmente gratificante. Ele pensou em quanto perdeu com brigas, o quanto se tornou egoísta, até a vida amorosa do filho ele havia prejudicado! Havia julgado a filha de André, simplesmente pelo pai que tinha.

 E afinal de contas, ele nunca foi melhor que André Spina. Ari ficou pensando em Marta e, se André havia lhe causado sofrimento, ele também não estava tão atrás.

 Alimentou na mulher, esperanças. Fez-lhe acreditar em coisas que ele não tinha certeza de que poderia cumprir. Sim, porque Suzana ainda lhe povoava o pensamento e indiscutivelmente, ainda morava em seu coração.

 Claro que ele gostava, e muito, de Marta. Mas ficava pensando se aquele sentimento não seria amizade, se não seria respeito, carinho, gratidão por todo o apoio, afeição e prestatividade que ela lhe ofereceu quando ele mais precisou.

 Ele tinha sérias dúvidas, estava com Marta no momento, mas não podia fingir que Suzana não significava mais nada pra ele.

 Ari, de repente, sacudiu a cabeça e deu um salto do sofá como que para afastar tais pensamentos. Não, definitivamente - pensou- o que me prende a ela só pode ser o Luti, ela ainda é mãe do meu filho, ainda é minha amiga, ainda me ajuda quando eu preciso. O que sinto por ela é carinho.

 Ele afundou novamente no sofá percebendo o quão mentirosa a ilusão era. A verdade, que ele inutilmente tentava reprimir e esconder era que ele dependia daquela mulher, não mais financeiramente, como costumava ser, mas de todo o seu coração. E entristecia-o a idéia de que ela era uma mulher forte, independente e que afinal, não sentia falta dele para nada. Ele sempre fora nada mais do que uma pedra no seu caminho, aquele que quase a fez perder o emprego, que sempre se metia em confusões para que ela o tirasse delas. Aquele que estava sempre a atrapalhando e - ele sentiu um aperto enorme no coração - aquele de quem ela nunca precisaria para nada.

 Mas será, será mesmo que ele devia arriscar sua amizade com Marta, fazê-la sofrer apenas para esquecer outra mulher?

-Eu vou esquece-la! - ele disse alto tentando se convencer.

 Infelizmente, naquele momento entrou Chico e escutou o que ele havia dito. Chico o olhou penalizado, não o olhar alegre e bobo que costumava ser.

-Ô Ari, fica assim não manow. Agora você tem a Martinha, vai dar tudo certo, você vai ver.-disse Chico, e incrivelmente, estava sério.

-Obrigado Chico, você sabe, apesar de eu nunca ter lhe dito isso, que você é um grande amigo.

-Ô Ari, fala assim não que eu choro. -disse já com os olhos marejando, dando um grande abraço no amigo.

  Ari sabia que Suzana não sairia do seu coração tão fácil, mas pelo menos tinha seu grande companheiro para lhe consolar.

N/A: Bem, aqui eu quis fazer com que o Ari sentisse e se arrependesse por todo o seu egoísmo em só pensar em Victor Valentim e nada mais, em ter desprezado os sentimentos dos outros, e é hipócrita porque tudo começou com o desejo dele de reconquistar a Suzana. E por último, fazer com que ele assumisse a grande amizade com o Chico, porque sempre achei  ridículo o Ari tratar o Chico por diversas vezes como apenas um “pau mandado”.